Melhores séries

É claro que é difícil falar sobre as melhores séries no sentido de que existem muitas e sobre temas mais variados.

Apesar disso arrisquei aqui várias séries que gostei e percebi três estilos basicamente: nerd, baseados em fatos reais e comédia.

Aí vai.

Melhores séries “Nerd”

Legião

Minha preferida. Está mesmo entre as melhores séries da vida! O herói pertencente ao Estúdio Marvel é David Haller, filho do Professor Xavier. Com os mesmos poderes psíquicos, na verdade muito mais fortes, porém interpretados como esquizofrenia ao longo de sua vida.

A linguagem da série é toda surrealista, tentativa essa de reproduzir a visão confusa do personagem que viveu parcela da sua trajetória no manicômio (chamado Clockhouse, referência ao Laranja Mecânica sim). Muito autêntico, audacioso, nonsense e com uma pegada anos 60 ou 70.

A primeira temporada me deu a impressão de filme B, o que não era o caso, pois o orçamento de produção era muito bom, mas os cenários e trajes eram tão malucos que as vezes que me davam essa impressão.

Outra coisa que amei foi o antogonista de David, O Rei das Sombras, que assume diversas formas e age na psique das pessoas, a ponto de por vezes não distinguirmos o que é real, o que pertence a David e o que é manipulação do Rei das Sombras. Muito doido!

Vou seguir com outra série do mesmo diretor, Noah Hawley, que não deve ser por coincidência, fez outra das minhas séries preferidas!

Fargo

Baseado no filme homônimo dos Irmãos Coen de 96, do diretor Noah Hawley a série tem três temporadas, sendo a segunda a minha preferida. Uma série de crimes acontecem numa pequena cidade de Minnesota e a polícia tem dificuldade em achar o culpado devido há muitas questões que embaraçam as evidências.

A linguagem, assim como em Legião é cheia de elementos fantásticos, que estão presentes ​​para enfatizar a natureza absurda e imprevisível da vida, e para refletir sobre questões mais profundas, como a moralidade, a justiça e a natureza humana.

Algumas pequenas frases ditas pelos personagens estão na minha memória há anos, pois são profundas e ocorrem num momento inesperado e até um pouco cômico.

Genial!

Stranger Things

Agora vai começar uma lista de séries – modinhas até um pouco rasas. Mas o que posso fazer, são algumas das séries que mais me divertem.

Stranger Things tem toda aquela vibe de crianças quase adolescentes que vivem situações tão importantes para elas longe do olhar de seus pais. Tem também a questão do sobrenatural e terror bem do tipo Stephen King.

Acredito que Stranger Things esteja entre as melhores séries na lista muita gente.

Locke e Key – só a primeira temporada

Não vá dizer que eu não avisei. Ela é inspirada em quadrinhos, parece que foi um dos filhos do King que escreveu. No entanto, apesar da idéia incrível e cheia de pano pra manga, achei mal executada e parecia até que os produtores não sabiam se queriam fazer uma pegada mais séria ou sessão da tarde.

Mas porque então virou favorita? Porque a primeira temporada é muito interessante, na minha opinião a antagonista Dodge (atriz brasileira) ficou muito legal aproveitando as chaves como qualquer pessoa que tivesse a chance faria, usando a chave que vai para qualquer lugar ou mudando a sua forma física.

Outra coisa que gostei muito na personagem é o quanto ela contrasta com a ingenuidade das crianças Locke, pois ela é cheia de malícia e cinismo, o que torna a ironia engraçada.

Cobra Kai – primeira temporada

Eu não era uma fã propriamente do Karatê Kid, mas eu gosto desse resgate das coisas nostálgicas lá dos anos 90. E sinceramente, a primeira temporada do Cobra Kai fez isso muito bem. Resgatando um personagem que ninguém gostava, o Johnny Lawrence, no mesmo ator, conseguiram fazer um humor não politicamente correto com ele e uma visão do outro lado da moeda, fazendo o espectador gostar do personagem e até ter empatia com ele.

Sempre que podemos nos imaginar numa sala de aula de luta e defesa pessoal a conversa não pode ser mais “enfeitada” sobre não ser violento e tal. Mas no dojô de Johnny os alunos ouvem o clássico “strike first, strike hard, no mercy”.

As outras temporadas no entanto são uma espécie de “Malhação” chatinha. Mas reconheço o esmero em homenagear todos os artistas das antigas e os filmes também.

Além de uma das melhores séries para as antigas gerações, Karatê Kid também deve estar entre os melhores filmes da lista da minha geração e da geração anterior.

Demolidor

The Daredevil, achei a melhor adaptação que já tivemos até agora dos quadrinhos. É com uma pegada mais real e o personagem de Matt é católico, o que eu me identifico.

Para mim os vilões ficaram bem caprichados, com especial destaque para o anti-herói Justiceiro. As cenas de luta também ficaram muito legais de acompanhar.

Black Mirror

Não sei se essa série se classifica bem como nerd ou geek, por tratar do mundo que todos nós estamos vivendo hoje, em que a tecnologia é pertencente à todos, muito embora com certo exagero tecnológico, mas do qual estamos a um passo de distância.

Questões são propostas nesse cenário em que as tecnologias atingem possibilidades que nos perguntamos até que ponto são éticas ou morais.

Essas situações em que os personagens são colocadas nos fazem filosofar bastante. Só para dar uma ideia: e se os pais pudessem controlar com um dispositivo o que os filhos enxergam? E se pudéssemos ver e mostrar para os outros todas as memórias que temos por meio de um aparelhinho que projetasse essas memórias numa tela? E se pudéssemos fazer uma inteligência artificial com o corpo de pessoas que já morreram? E assim vai, para cada uma dessas ideais muitas questões vêm a nossa cabeça. E de certa forma vivenciamos muitas delas se pensarmos que tudo pode ser filmado e registrado durante o dia com o celular ou quando temos acesso a inteligências artificiais como chat gpt e etc.

Melhores séries baseadas em histórias reais

Band of Brothers

Produzida por ninguém menos que Steven Spielberg e Tom Hanks, retrata a história dos soldados paraquedistas na segunda guerra mundial. São histórias reais de momentos que esses homens passaram, inclusive os próprios veteranos de guerra aparecem contando a história e se emocionando com o que passaram.

Para quem gosta de segunda guerra é um prato cheio, mas mesmo para quem não se interessa, tenho certeza que pode gostar pois são situações muito humanas e emocionantes além da forma como as histórias são contadas que nos prendem do início ao fim e da interpretação dos personagens.

Eu vi duas vezes!

The Chosen

Essa série é uma interpretação dos evangelhos, mas não apenas focado em Jesus, mas nos seus seguidores também. Como católica que sou, achei muito emocionante a retratação de certas passagens dos evangelhos, muito embora saibamos que certos contextos, especialmente as histórias pessoais daqueles que conviviam com Jesus, como seus discípulos, foram inventadas para entreter e mesmo para preencher certas lacunas. Porém tudo feito com extremo respeito, levando em conta que a série se preocupa em respeitar todos os seguimentos de cristãos e até mesmo a visão dos judeus, que mesmo não acreditando em Cristo como messias, poderão apreciar o resgate de muitos elementos da cultura judaica desconhecidos por muitos.

The Act

Essa minissérie é daquelas que nos prende e deixa ansioso e indignado ao mesmo tempo.

Trata da relação abusiva e, infelizmente, real de Dee Dee Blanchard e sua filha Gypsy Rose Blanchard. Como forma de controle e superproteção Dee Dee força sua filha a encenar diversos problemas de saúde além de forçar uma personalidade infantilizada. O resultado disso é um crime tramado de Gypsy contra sua mãe.

Quando eu ouvi falar do livro auto biográfico de Jennette McCurdy, “Estou feliz que minha mãe morreu”, por mais chocante que seja o nome, acabei fazendo a relação com a série e história real de Gypsy.

Apesar de terrível, muito interessante. Especialmente quando paramos para pensar que uma pessoa abusada desde pequena, ainda mais na família, pode nem entender o que é um abuso, quando esse tipo de situação se torna um padrão.

The Crown

O que eu sabia da Rainha Elizabete II era que ela foi muito amada e admirada não só pelos ingleses, mas por muitos ao redor do mundo. Com essa série me tornei também uma admiradora dessa grande mulher.

A série retrata com muita fidelidade acontecimentos ao longo do reinado da Rainha Elizabeth, e, na minha percepção, sobra pra todo mundo nessa história alguma furada que cometeu, com exceção da própria Rainha que sempre é retratada como uma pessoa diplomática, abnegada, cumpridora fiel do seu dever inclusive como chefe da Igreja Anglicana. Uma pessoa muito humana, mas do jeito inglês, claro.

É particularmente divertido para mim acompanhar as mudanças bruscas culturais que aconteceram no mundo sob o olhar conservador da Rainha, que na minha opinião se saiu muito bem.

Certas histórias me marcaram muito e eu nunca saberia se não fosse a série retratar, tal como a mãe do Duque de Edimburgo, a princesa Alice, que virou religiosa e viveu realizando obras de caridade. Grande personalidade escondida.

Os Últimos Czares

Essa série é um documentário com interpretações e fala sobre o Czar Nicolau e sua família. Muito interessante saber como realmente aconteceram as coisas, já que tantas histórias fictícias permeiam em torno dos Romanov.

É realmente triste ver uma sucessão de erros vindos do próprio czar juntamente com a crueldade dos bolcheviques que se fundem no final dessa família real. Mas vale muito a pena conferir.

Chernobyl

Excelente!

Conta a história do desastre nuclear de Chernobyl, ocorrido na Ucrânia em 1986. A série aborda os eventos que levaram à explosão do reator nuclear e suas consequências catastróficas, incluindo a evacuação de moradores da cidade de Pripyat, os esforços para controlar a radiação, bem como o governo socialista querendo empurrar para baixo do tapete sua própria responsabilidade!

Uma retratação particularmente comovente e real foi da esposa de um dos rapazes contaminados pela radiação de forma muito intensa. Terrível o estado de degradação do corpo e como ele pode permanecer vivo daquele modo (a maquiagem e técnica para mostrar a pessoa deformada daquele jeito é de tirar o chapéu). A esposa desse rapaz, grávida e avisada de que não poderia ver o esposo por conta da alta contaminação por radiação mesmo assim o visita. Ela perde o bebê (não necessariamente por causa da contaminação) e foi diagnosticada que estaria infértil, mas mesmo assim engravidou anos depois e deu à luz um filho saudável.

The People v. O. J. Simpson: American Crime Story

Além da brilhante interpretação de todos os atores, todo o caso foi muito bem retratado, particularmente a sensibilidade de mostrar o quanto a questão da luta contra o preconceito com os negros não poderia se valer de um caso como esse para seu benefício e representação uma vez que O. J. claramente cometeu o crime e ouve por parte de seus advogados uma grande subversão do sistema jurídico para livrar o réu.

Personalidades como Robert Kardashian e Márcia Clak foram muito bem representados na série, vale muito a pena conferir.

Melhores séries de comédia

Brooklyn Nine-Nine

Se é pra rir, de rolar de rir, na minha opinião e de meu marido, essa série é a melhor!

Coisas idiotas ditas de maneira série e outras bobajadas feitas apenas para rir são a melhor combinação para realmente ser engraçado!

O Capitão Holt para mim é o personagem mais engraçado justamente por ele ser sério, literal e culto, não conseguindo ser descontraído ou muito humorado. A personagem Rosa funciona mais ou menos no mesmo jeito.

Se quer saber uma das cenas mais legais (porque eles usam elementos da cultura pop) é só procurar a cena com a música “I Want it that way” dos Back Street Boys, na verdade vou deixar o link aqui.

Só não recomendo a oitava e última temporada, lacração total, perde a graça!

Seinfeld

Apesar de antiga, eu só realmente parei pra ver em 2020, quando ganhei meu filho e comecei a amamentar. Foi aí que decidi que tinha coisa melhor que ver séries como Seinfeld e ler livros.

No entanto, Seinfeld é uma série engraçada e do tempo que não existia essa coisa chatíssima chamada politicamente correto. Os personagens são realmente engraçados por serem egoístas e mesquinhos. Há graça nisso. O deboche é grande e hoje em dia não seria mais possível uma série assim. Talvez South Park.

The Mindy Project

Essa é do tipo comédia romântica. Além de muito engraçada é aquele tipo de série que a gente fica esperando o casalzinho ficar junto e nunca fica! Mas é bem divertido!

Arrested Development

Aqui realmente o politicamente correto não existe. Pelo menos não nos episódios de 2003 à 2006.

A trama da série segue a família Bluth, que é rica e disfuncional. Depois que o patriarca da família, George Bluth, é preso por fraude, seus filhos têm que aprender a administrar o império da família enquanto lidam com seus próprios problemas pessoais, se é que se pode dizer que eles vão realmente “aprender” ou “administrar” alguma coisa, já que os personagens são absurdos e muito mal resolvidos, o que é engraçado.

Os diálogos são muito rápidos e as piadas vem uma atrás da outra.

Obrigada por ler! Leia também esse post!

Autor

  • Suzana Sant'Anna

    Sou youtuber do canal Lendo enquanto há tempo. Gosto de recomendar aquilo que estou lendo. Gosto de organização e outros temas da vida, o universo e tudo mais.

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